Esta foi a minha manhã. Mal cheguei ao trabalho e minha editora, que está cobrindo um evento no nordeste, me disse que tinham comentado por lá que um dos fundadores da sociedade (nossa cliente) havia falecido. Mas, como ninguém tinha certeza, liguei para um endocrinologista sempre disposto a nos ajudar e que tinha contato com o doutor falecido para pedir notícias. Ele também não sabia de nada e o jeito foi ligar para a residência do tal médico. Mas e se fosse boato, o que falar? Qual desculpa dar para a ligação?
Nem pensamos nisso. A secretária logo ligou e confirmou a notícia. O Dr. Procópio do Valle havia falecido sim, mas há três meses e, misteriosamente, ninguém sabia. A notícia foi um baque para todos, maior ainda ao saber do tempo. A todo momento, hoje, me recordo daquele senhor simpático, conversador, maravilhoso contador de histórias da endocrinologia no Brasil.
Chegou, então a hora de escrever. Não foi minha primeira vez e, por isso, foi um pouco mais fácil, mesmo com o baque, por se tratar de um médico muito querido. A questão é: Nota de Falecimento é sempre "com pesar". Então, tive a idéia de partilhar este momento e dar algumas dicas para quem possa um dia precisar:
- cheque a notícia, sempre e busque saber o motivo do falecimento;
- reúna a história da pessoa e faça um breve resumo de sua importância no âmbito profissional;
- tente uma declaração de alguém próximo profissionalmente da pessoa;
- no caso de ter entrevistas e matérias anteriormente publicadas no site, faça links para elas;
- dê o grau de seriedade necessário. Brincadeiras gramaticais não são bem vistas nessa hora;
- informe ser uma nota de falecimento;
- coloque fotos da pessoa para que, em casos de homônimos, os visitantes do site (que podem vir direto do Google) não se confundam.
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